Assim como o passo de secagem das mãos é parte importante de higienização, o recurso utilizado para secá-las também. Dito isso, o qual opção é mais melhor?

A Two Sides publicou um Fact Sheet sobre este assunto, afim de discutir e responder a questão.

O FATO

 

O que é mais higiênico? Secadores de mão elétricos ou toalhas de papel?

 

A higiene é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento das sociedades modernas. Boa saúde está diretamente relacionada à boa higiene. Um dos produtos mais importantes para uma boa higiene são os papéis sanitários (tissue).

A higiene das mãos é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como um fator muito importante no controle de infecções.

O impacto dos microrganismos resistentes aos medicamentos, tanto na saúde como na economia, demonstra que manter as mãos limpas é uma das atitudes mais importantes que as pessoas podem tomar para evitar a disseminação de micróbios. Lavar as mãos regularmente deve ser um hábito rotineiro. Entretanto, lavar bem as mãos ainda não é suficiente. O método de secá-las após a lavagem também é muito importante. Estudos científicos demonstram que o uso de toalhas de papel descartáveis é a melhor opção em termos de higiene.

Os secadores de ar quente não são tão eficazes na remoção de micróbios como as toalhas de papel. O atrito gerado pela fricção da toalha ajuda a remover microrganismos que ainda possam ter restado após a lavagem. Por outro lado, o ar quente pode aumentar o número de microrganismos nas mãos após a secagem, bem como contaminar o ambiente.

Quando se considera a higiene nos banheiros, estudos recentes confirmaram diferenças significativas na dispersão de micróbios durante a secagem com diferentes métodos.

O primeiro estudo demonstrou o maior nível de disseminação de micróbios no ambiente por secadores de ar, especialmente se a lavagem das mãos for imperfeita. O secador de ar dispersou o líquido e os micróbios das mãos dos usuários, em maior quantidade e a uma distância maior (até 1,5 m). A distribuição em altura do líquido e dos micróbios foi também medida e, para secadores elétricos, um número maior de gotículas foi observado a uma altura de 0,6 a 1,2 m, o que equivale, aproximadamente, à altura do rosto de uma criança.

O segundo estudo usou gotículas de tinta para simular gotículas de água nas mãos. Nesse caso, a conclusão foi que a secagem com secadores elétricos contaminou tanto o usuário do secador como quem estava próximo. A maioria das gotículas foi observada na região do tórax e a maior quantidade foi observada quando o secador de ar foi usado. Em contraste, não foram observadas gotículas de tinta no usuário e em quem estava próximo quando foram usadas toalhas de papel. Esse estudo também descobriu que a contagem de bactérias no ar era muito maior na vizinhança imediata de secadores de ar do que próximo aos dispensadores de toalhas de papel.

O terceiro estudo mostrou que o uso de secadores de ar leva à dispersão de partículas virais mais do que as toalhas de papel. Finalmente, um artigo no Mayo Clinic Proceedings revisou pesquisas publicadas entre janeiro de 1970 e março de 2012 sobre a eficácia higiênica de quatro diferentes métodos de secagem manual. O estudo encontrou pouco acordo a respeito da eficácia relativa de secadores elétricos. No entanto, a maioria das pesquisas analisadas sugere que as toalhas de papel podem secar as mãos eficientemente, remover os microrganismos de forma eficaz e causar menos contaminação no ambiente do que os secadores de ar elétricos.

O European Tissue Symposium concluiu que toalhas de papel são a melhor maneira de secar as mãos, sendo que a pele deve ser completamente seca após a lavagem, para remover as gotas de água restantes e que ainda possam conter micróbios. A absorção de umidade por toalhas de papel é fundamental na remoção de micróbios em suspensão nas gotas de água.

 

Fonte: Two Sides