O FATO

A indústria de papel depende do manejo florestal sustentável para garantir um suprimento confiável de fibra de madeira, a principal matéria-prima para seus produtos. Florestas bem geridas trazem múltiplos benefícios para a sociedade, tais como meios de subsistência, serviços ecossistêmicos e biodiversidade.

 

A maior parte do desmatamento acontece nos trópicos, sendo a agricultura a principal causa.

Segundo a WWF, mais de 80% do desmatamento entre 2010 e 2030 provavelmente acontecerá em apenas onze “frentes de desmatamento”. A maioria dessas está nos trópicos, onde se espera que as taxas de perda florestal sejam mais altas.

As pressões mais comuns que causam o desmatamento e a degradação severa da floresta são a agricultura, a exploração madeireira não sustentável, a mineração, projetos de infraestrutura e aumento da incidência e intensidade de incêndios. A degradação florestal também ocorre, ainda, em países de clima temperado, por meio da substituição de florestas nativas por plantios de espécies comerciais e por causa do aumento de incêndios, poluição, pragas invasivas, má gestão e superexploração. Isso destaca a importância contínua do manejo florestal responsável.

 

Produtos florestais, como o papel, criam um incentivo para o manejo florestal sustentável.

A fibra de celulose é a principal matéria-prima para a fabricação de papel. O Brasil produz celulose unicamente a partir de árvores cultivadas para essa finalidade e de fibras de papeis reciclados (69% de todos os papéis, cartões e papelões são reciclados). Nenhuma árvore nativa é cortada para obtenção de celulose.

Em princípio, a fibra de celulose pode ser obtida a partir de praticamente qualquer planta e até de resíduos agrícolas, como o bagaço de cana de açúcar. No entanto, a madeira é a fonte dominante devido à sua natureza renovável e reciclável, propriedades técnicas, baixo custo relativo e disponibilidade durante todo o ano.

“O manejo florestal, motivado por um interesse comercial em manter o suprimento de madeira, pode ajudar a proteger as florestas vulneráveis da extração ilegal, invasão ou conversão para terras agrícolas.” WWF, Relatório das Florestas Vivas, 2012.

No entanto, a capacidade das florestas de produção de fornecer serviços ecossistêmicos e sustentar a produção de madeira varia muito, dependendo de quão bem elas são gerenciadas.

 

 

Florestas bem geridas trazem múltiplos benefícios para a sociedade.

As florestas afetam diretamente os meios de subsistência de 20% da população global e podem ter importância recreativa e cultural. Elas fornecem produtos e energia renovável, bem como capturam e armazenam carbono natural e trazem outros benefícios ecossistêmicos, como controle de inundações e secas, redução de riscos de erosão e proteção de bacias hidrográficas. As florestas também abrigam 80% da biodiversidade terrestre.

Como parte de paisagens bem planejadas, as florestas manejadas segundo os melhores critérios ambientais desempenham um papel fundamental na redução das pressões sobre as florestas naturais e contribuem significativamente para a conservação da biodiversidade, dos serviços ecossistêmicos e do bem-estar humano.

 

Todos os dias são plantados, no Brasil, o equivalente a 500 campos de futebol com novas árvores para sustentar as indústrias de base florestal.

O Brasil conta, hoje, com 9 milhões de hectares de plantações de árvores para o fornecimento de matéria prima para diversos produtos. Desses, 3,2 milhões atendem ao setor de celulose e papel. É uma área relativamente muito pequena, correspondendo a 0,38% de todo o território nacional. Mesmo se considerarmos apenas as áreas utilizadas para agricultura e pecuária, essa fração não chega a 1,5%. Segundo a plataforma MapBiomas, o Brasil apresenta cerca de 45 milhões de hectares de pastos degradados e que estão sendo recuperados gradualmente. Portanto, não se pode afirmar que o cultivo de árvores para produção de celulose e papel exerça pressão significativa sobre o uso do solo.

Na Europa, a área florestal é de 215 milhões de hectares, representando 33% da área total. Outras áreas arborizadas cobrem um adicional de 36 milhões de hectares. Em comparação com outras regiões do mundo, apenas a América do Sul tem uma porcentagem maior de cobertura florestal (49%) do que a Europa.

“A área florestal na Europa continua aumentando, oferecendo grandes oportunidades para mitigar a mudança climática, bem como para o desenvolvimento do setor florestal e sua transição para uma economia verde.” Floresta Europa, 2015.

 

 

A indústria de impressão e papel é um dos principais defensores da certificação florestal.

A certificação florestal garante que a madeira usada como matéria-prima em um produto vem de uma floresta bem gerenciada, com uma cadeia de custódia auditada que vai do chão da floresta até o cliente.

A indústria brasileira de celulose e papel apoia a certificação florestal com a produção ou aquisição generalizada de celulose de madeira certificada, sendo as principais certificações FSC e PEFC (os dois sistemas de certificação florestal mais respeitados em todo o mundo). Todos os produtores de celulose e papel que são membros de Two Sides Brasil são certificados FSC ou Cerflor (PEFC). Em alguns casos têm as duas certificações, numa clara demonstração da sua responsabilidade com a preservação ambiental.

 

Fonte: Two Sides